julho 29, 2011

Países nórdicos fizeram minuto de silêncio pelas vítimas de Breivik

 
 
Milhares de cidadãos da Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia observaram um minuto de silêncio, esta segunda-feira, em homenagem às 93 pessoas mortas no duplo ataque de sexta-feira.

 

Na Noruega, a família real, o chefe do governo e milhares de cidadãos anónimos observaram um minuto de silêncio às 12.00 horas locais (11.00 horas em Portugal continental). A Bolsa de Oslo, os aeroportos e os transportes ferroviários também suspenderam a sua actividade durante um minuto. Alinhados em frente do edifício da Universidade de Oslo, vestindo luto, o rei Harald e a rainha Sonja, e cerca de mil cidadãos ouviram o primeiro-ministro, Jens Stoltenberg: "Em homenagem às vítimas mortas na sede do governo e na ilha de Utoya declaro um minuto de silêncio".

 As buscas na ilha, onde 86 pessoas foram mortas a tiro segundo o mais recente balanço, foram suspensas durante um minuto, com todos os que participam nos trabalhos alinhados junto à margem, segundo as imagens transmitidas pela televisão norueguesa NRK. O minuto de silêncio foi concluído com um simples "takk" (obrigado), dito pelo primeiro-ministro. A Comissão Europeia e o Conselho da Europa juntaram-se também à homenagem aos mortos de Oslo. Depois de assinarem um livro de condolências colocado no auditório da universidade, os reis e o chefe do governo abandonaram a praça Karl Johans Gata, em frente da universidade, sob o aplauso de muitas das cerca de mil pessoas que ali se juntaram. 

O minuto de silêncio, observado também nos outros países nórdicos, realizou-se uma hora antes da prevista comparência em tribunal do suspeito do duplo atentado, Anders Behring Breivik. O primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, justificou em comunicado o pedido para a solidariedade com a Noruega referindo que se deve "defender os valores de uma sociedade aberta e da democracia mesmo quando eles são atacados". Também em comunicado, o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, declarou que os atentados de sexta-feira são um ataque aos valores segundo os quais foram construídas nações como a Dinamarca e a Noruega. "São um ataque contra nós todos", disse. 

 O Governo da Suécia pediu também à sua população que manifestasse uma "profunda simpatia" com a Noruega, observando o minuto de silêncio. Os governos dos países nórdicos decidiram também colocar as bandeiras nacionais a meia haste, em homenagem às vítimas dos atentados na Noruega. A polícia deteve o autor confesso dos atentados, o norueguês Anders Behring Breivik, 32 anos, que será presente a um tribunal de Oslo. 

 

FONTE: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1927960&page=-1

julho 26, 2011

Até tu, Oslo?

Hercules Rodrigues de Oliveira
 
A tragédia que se abateu na silenciosa Oslo – que desde 1901 é sede da entrega do Prêmio Nobel da Paz – chamou a atenção do mundo sobre a prática do terrorismo. A Noruega que integra a Escandinávia – região dos cinco estados-nação (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia) – é conhecida como um país nórdico, cuja melhor representação se faz presente na imagem dos vikings e pela bandeira comum a todas elas, que estampa a cruz com um braço alongado, conhecida por “cruz escandinava”, símbolo dos cavaleiros templários. A Noruega é um país cristão que tem, em Santo Olavo, o seu protetor.

E foi na Escandinávia que o terrorismo mais uma vez mostrou uma de suas diferentes faces. Acostumados que somos às notícias vindas das escaldantes areias do deserto, eis que surge o terror nas gélidas e profundas aguas do Atlântico Norte, dizendo que o terrorismo não tem fronteiras. Para os leitores das histórias em quadrinhos (HD), Hagar, o protagonista viking – personagem do cartunista estadunidense Richard Browne – realmente se mostrou horrível.

Quando da explosão do carro-bomba próximo à sede do governo norueguês e, logo a seguir, o massacre de jovens no acampamento de verão na ilha de Utoeya, a propaganda midiática internacional associou o fato aos fundamentalistas islâmicos, como se o islã fosse a personificação de todo o mal. No entanto, para surpresa, o terrorista era um genuíno viking, Anders Behring Breivik, que não se matou e se entregou pacificamente às forças de segurança, assumindo seus atos e divulgando documento de sua autoria de mais de 1.500 páginas intitulado Manifesto pela independência europeia – 2083, assumindo ser fundamentalista cristão, caçador de marxistas, crítico ao que considera a islamização da Europa, contrário ao avanço do multiculturalismo, defendendo o que considera uma “Cruzada moderna”.

Para Anders Breivik, o Diabo é estrangeiro. Galeano explica que o “culpômetro indica que o imigrante vem roubar nosso emprego, e o perigômetro dispara a luz vermelha”. Neste caso, uma arma automática com munição especial que ao se fragmentar no corpo da vítima, provoca inúmeros danos. Munição típica das unidades de combate antiterroristas. O pensamento nacionalista muitas vezes xenófobo promove atitudes radicais contra a imigração, que, se para alguns é negativa, para outros traz prosperidade, pois promove inovação e dinamismo, bem como diminui a escassez de mão de obra. Países ricos estão lutando por medidas anti-imigração.

Nas páginas do manifesto pela independência europeia, o autor cita o Brasil como um mau exemplo em face de nossa capacidade multicultural e de miscigenação, que promove, segundo ele, falta de coesão interna, o que mostra que nosso modo de vida está de certa forma incomodando o pensamento daqueles que fomentam o etnocentrismo selvagem, típico de psicopatas, como foi o caso de Wellington Menezes de Oliveira que, em abril de 2011, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (Rio de Janeiro), matou 13 crianças e feriu outras 22.

Certamente que a distante Noruega deverá estar presente nos estudos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para prospectar o fenômeno do terrorismo internacional e de alguma forma alertar que nossa gente pode ser alvo de atentados daqueles que não se conformam com nosso modo fraterno de ser.

Hercules Rodrigues de Oliveira é professor universitário

julho 14, 2011

Alguns ancestrais longínquos...

Os três filhos de Heimdal

Tradução de Ana Maria Machado

O deus Heimdal, guardião vigilente de Asgard, teve três filhos, chamados Trall, Karl e Jarl. Apesar de ser um deus, ele gostava da companhia das mulheres. Visitando uma simples camponesa que vivia numa casinha pobre de pescador, ficou três noites em sua companhia. Mais tarde, dela nasceu Trall, que era feio e doentio. Em seguida, Heimdal passou uma temporada em casa de uns fazendeiros ricos, e nove meses depois, a fazendeira deu à luz um menini forte, grande e saudável, chamado Karl. Finalmente, Heimdal foi recebido num castelo, onde foi organizada uma festa de três dias r três noites em sua honra. Assim nasceu Jarl, um guerreiro temível e hábil. Esses três filhos de Heimdal foram a origem dos três grupos que povoaram a Europa do Norte. Trall foi o antepassado dos pescadores, Karl foi o pai dos camponeses, Jarl originou os senhores.

Fonte: Mitos e lendas - A Europa

julho 05, 2011

NINFA

zanauniv em 26/06/2011