setembro 21, 2013

Karl Oscar Isakson

 Karl Oscar Isakson

 

Inesvigo
 Publicado em 05/05/2012

 

setembro 11, 2013

Nikolaj Frobenius



Frobenius nasceu em Oslo em 29 de setembro 1965, mas cresceu em Rykkinn. Estudou a escrita cinematográfica e de investigação no LCP, em Londres. Sua descoberta internacional veio com o romance histórico "Latours katalog" - 1996, sucesso entre leitores e críticos, incluindo França e Itália. O romance é baseado na relação entre Markis de Sade e Lom osatour seu servo. O romance é um estudo psicológico e cultural do cuidado da dor, mas também um thriller de condução.
Frobenius tem uma obra literária onde mistura livremente diferentes estilos. Ele escreveu em muitos gêneros e formatos, e combinar a curiosidade intelectual, com grande forma literária de consciência. Seus romances foram traduzidos para 20 idiomas.. Seus romances têm recebido elogios da crítica, tanto na Noruega e internacionalmente. Ganhou vários prêmios literários.
 Tem escrito vários livros e roteiros, incluindo o roteiro do clássico filme de suspense Nordic Insomnia,  que  foi adaptado para uma grande produção de Hollywood em 2002, com atores como Robert De Niro e Robin Williams, foi dirigido por Christopher Nolan.Durante vários anos trabalhou como dramaturgo e desenvolve uma série de filme norueguês. Como roteirista, ele deixou sua marca como um dos principais escritores de cinema de sua geração. "Sons of Norway" ganhou vários prêmios internacionais.


Bibliografia

  • 1986 vórtices (prosa)   - Virvl 
  • 1989: O jovem Villiam Oxenstierna luminosa amor - 
 (Den unge Villiam Oxenstiernes lysende kjærlighet)
  • 1991: Hell Fabel -  (Helvetesfabel)
  • 1996: diretório Latour   - (Latours katalog)
  • 1997: Insônia (roteiro)  - (Insomnia)
  • 1999: O pornógrafo tímido  -  (Den sjenerte pornografen)
  • 2001: Dragonfly (roteiro)  (Filme:Øyenstikker) 
  • 2001: Em outro lugar (Andre steder)
  • 2003: O menor  (Det aller minste)
  • 2004: Teoria e Prática (Teori og praksis)
  • 2005: Um Inimigo do Povo , filmes baseados em drama de Ibsen
  • 2007: Defeat Glorioso: artigos e entrevistas sobre literatura e cinema -  (Herlige nederlag) 
  • 2008: Eu vou te mostrar medo ( Romance) -  (Jeg skal vise dere frykten)
  • 2011: Sons of Norway (roteiro) -   (Sønner av Norge)
  • 2011: Tão alto que você foi amado (Romance) -  (Så høyt var du elsket)


  • Prêmios


    setembro 01, 2013

    ENTREVISTA COM NIKOLAJ FROBENIUS SOBRE O LIVRO

      ENTREVISTA COM NIKOLAJ FROBENIUS SOBRE O LIVRO
     
    Como e quando teve início a sua fascinação por Edgar Allan Poe?
    A primeira vez que ouvi um conto de Edgar Allan Poe foi durante uma viagem que fiz com meu pai quando eu tinha 13 anos. Era outono e fomos para um chalé no bosque, na região leste da Noruega. Estávamos em meados de outubro e o clima encontrava-se úmido e sombrio. O chalé era isolado, não havia eletricidade e a atmosfera era soturna — perfeita para uma historinha horripilante. Não havia TV e nem rádio no chalé, nenhum acesso a entretenimentos modernos, mas ao anoitecer meu pai tirava um livrinho da estante e lia um conto para mim. A história era incrivelmente simples, sobre um homem que vagueia pelas ruas da velha Londres, observando as pessoas, entusiasmado com a atmosfera febril da metrópole. Ele se senta num café para descansar. Na multidão à sua frente, vislumbra um homem muito velho percorrendo a praça sem rumo. Por curiosidade começa a seguir o velho através de ruas e vielas estreitas, durante horas. O velho apenas anda e anda, sem direção, sem propósito, e no final o narrador desiste. Não há objetivo, não há motivo algum, apenas caminhar sem fim. Esse é o enredo do conto de Poe “O homem na multidão”É incrivelmente simples, quase absurdo. Mas o modo como foi escrito, o terror reprimido do narrador e as aldeias escuras da velha Londres, causaram uma tremenda impressão em mim quando eu era garoto. Continuei a ler os contos de Poe e, mais tarde, interessei-me também por seus ensaios e poemas. Seus contos são de suspense psicológico e acho que foi essa combinação que me fascinou: o horror da alma.
    O seu livro traz uma ligação bastante sutil entre Griswold, Poe e Samuel, o assassino. Griswold condena Poe por ser amoral como escritor e como poeta, ao passo que Samuel — o homem que comete assassinatos sangrentos inspirado pelos contos de Poe — é um personagem completamente amoral. Seria isso um modo sutil de sugerir que Griswold tinha razão em sua opinião de que a poesia deve sempre ter uma justificação moral?
    No que se refere a Samuel, acho que as ações dele dificilmente podem ser compreendidas como algo além de um terrível mal-entendido. Mas creio que também demonstra a vulnerabilidade da literatura. Não existem garantias, para o escritor, de que ele será entendido, e textos às vezes podem ser mal interpretados de formas muito destrutivas. Mas há outra camada no romance que se ocupa — como você mencionou —, do subtexto amoral dos escritos de Poe. Assim, embora Samuel Reynolds seja com certeza o tipo de fã obcecado que nenhum autor deseja ter, ele foi influenciado pelo elemento misantrópico do universo de Poe. A atmosfera de perigo nos contos de Poe também está associada aos elementos de violência e horror da sua ficção, ele tem um autêntico instinto para isso. O que talvez explique por que Poe continua sendo um escritor tão controverso.
    Quem são seus escritores favoritos e de que modo eles inspiram você?
    Li Edgar Allan Poe quando adolescente, juntamente com Dostoievski e William Faulkner. O material “dark”. Mais tarde, passei a ler de forma mais abrangente e tive uma forte queda por escritores sul-americanos, como Borges e Bolano. Sempre apreciei o gênero noir e recentemente li muita coisa do escritor norte-americano de literatura pulp David Goodis. Sujeito perturbado. Escreve formidavelmente.
    A sua ideia para o romance Vou lhe mostrar o medo é exatamente a mesma do filme O corvo, que estrelou John Cusack no papel de Poe, mas o seu nome não foi mencionado nos créditos. Foi plágio ou você fez algum tipo de acordo com os produtores do filme?
    Bom, às vezes acontece de você ter uma ideia realmente boa e então alguém a retalha toda e finge que é dele. Isso não contribui muito para a minha boa opinião sobre a humanidade, mas não há dúvida de que existem por aí abutres à procura de ideias para adotar, roubar e devorar. Na verdade, o filme foi bem decepcionante, a ideia acabou sendo melhor que o próprio filme, o que me parece justo: se você rouba as ideias dos outros, receberá algum tipo de castigo no final.
    Não são muitos os autores noruegueses conhecidos dos leitores brasileiros. Em sua opinião, quem são os melhores autores da Noruega e o que você tem a dizer sobre deles?
    A Noruega é um país pequeno, mas somos abençoados com uma literatura bastante rica, tanto tradicional quanto contemporânea. Knut Hamsun, o Dostoievski norueguês, Henrik Ibsen e Sigrid Undset são provavelmente os escritores noruegueses mais célebres. O bom a respeito da literatura norueguesa contemporânea é que existem realmente muitos estilos e perfis, há escritores jovens que mergulham na vida privada do aqui e agora, mas existem também alguns que procuram dar vida nova a gêneros antigos, como o noir, o romance político, etc.
    Você está com algum projeto novo no momento? Pode falar a respeito?
    Estou concluindo um novo romance, intitulado A maldição. É um romance sobre um romancista que escreve um romance autobiográfico a respeito da infância dele e de um incidente particular em que uma escola foi incendiada. O culpado é expulso da escola e, mais tarde, dado como morto. Porém, muitos anos depois, o piromaníaco volta para se vingar do modo como foi retratado no romance, e o romancista é lenta porém inevitavelmente envolvido numa teia sinistra. Esse é o enredo, e no momento o meu trabalho consiste em tornar cada frase tão boa quanto possível.