maio 30, 2011

O Milagre Finlandês

A Finlândia é o campeão do sucesso escolar desde 2003. Os seus estudantes são os que revelam melhores resultados na literacia e estão, igualmente, nos tops da matemática e das ciências. Como é que a Finlândia, saída de uma crise econômica, alcançou em poucos anos este sucesso inesperado? Como é que a Finlândia consegue estes resultados gastando cerca de 4000€/ano por aluno? As peregrinações educacionais à Finlândia tornaram-se moda foi, aliás, com o objetivo de conhecer este milagre que logo no início do seu mandato, José Sócrates fez a sua "peregrinação" para aí conhecer e propagandear o milagre do "salto tecnológico". A receita finlandesa é ao mesmo tempo simples e complexa: por um lado, baseia-se na flexibilidade das turmas (o que é um fator "copiável") mas, sobretudo, beneficia de a sua população ser bastante homogénea e gozar de uma prosperidade relativa (fatores não exportáveis). E se a qualidade dos professores finlandeses é referência obrigatória há um outro factor que não deve ser subestimado: ler para as crianças, contar histórias, ir à biblioteca são atividades acarinhadas na Finlândia desde cedo. Um outro fator, que poderá explicar a facilidade com que as crianças aprender a ler poderá estar relacionado com o fato de muitos programas televisivos serem legendados. Gostaria ainda de salientar outros factores (não "exportáveis") que contribuem para o sucesso do sistema educativo finlandês: a atitude dos pais perante a escola/conhecimento/cultura; as características intrínsecas dos povos nórdicos menos expansivos, mais disciplinados, mais organizados; a atitude perante o trabalho, característica do protestantismo. Algumas curiosidades: - o sistema de ensino Finlandês é totalmente gratuito: todos os materiais escolares (excepção para os livros) e as refeições são da responsabilidade dos municípios; - os municípios têm efectiva responsabilidade na gestão das escolas, no entanto, o reitor tem obrigatoriamente de ter formação de professor; - existe um curriculum de referência (objetivos e áreas temáticas) mas as escolas têm inteira autonomia para escolher como devem leccioná-lo: em grupos grandes ou pequenos, em salas ou ar livre; - ratio aluno professor nas melhores escolas? Cerca de 11 alunos; - em muitas (todas?) escolas a cada grupo de alunos correspondem dois professores, sendo que um deles tem por função ajudar os alunos que evidenciem alguma dificuldade; - as aulas têm a duração de 45 min, a que se segue um intervalo de 15 min durante o qual os alunos têm à sua disposição instrumentos musicais, xadrez, computadores … para além das clássicas actividades de recreio; - os alunos são desde cedo estimulados a aprender línguas estrangeiras: sueco e inglês ou/francês. Algumas escolas oferecem ainda outras línguas: russo, chinês, japonês, latim… - depois das aulas existe uma ampla oferta de clubes de tempos livres/trabalhos de casa coordenados por monitores, que os estudantes são encorajados a frequentar. Este "milagre" não é facilmente exportável, nem sequer, para os outros países nórdicos cujos resultados são menos positivos. E mesmo dentro da própria Finlândia, o recente tiroteio numa escola, veio perturbar o tranquilo fluir desta reforma e abalar o sistema. FONTE: http://pt.scribd.com/doc/2285398/O-milagre-finlandes

maio 22, 2011

Edvard Grieg - Parte II

 

Certo dia de verão, Grieg estava viajando de Voss a Gudvangen, que fica à margem do Fiorde de sogn. Como de costume, o meio de transportante era charrte puxada por cavalo. No caminho, os viajantes passaram por lagos, montanhas, quedas d’água, pequenos sítios encravados em encostas e grandes propriedades em meio a vales verdejantes.  

Em Stalheeim subiram a íngreme e sinuosa estrada, aproximando-se do hotel situado no topo da escarpa. Grieg viajava acompanhado de Sjur Helgeland, um grande rabequista. Sjur trouxera seu violino de Hardager e tocara durante grande parte do trajeto. Quando chegaram ao ao hotel, o proprietário reebeu a célebre visita, convidando Grieg a prestigiar, na mesma noite, um recital da “nossa nova e excelente orquestra”. Grieg recusou a oferta, desculpando-se com as seguintes palavras: Esta noite estou com o Sjur”. A anedota, que mostra a admiração de Grieg pela música popular, ainda faz parte do repertório nos vilarejos da região. Com bastante frequência, Grieg convidava amigos compositores da Dinamarca, Holanda e Inglaterra para fazer caminhadas nas regiões aplpinas da Noruega. O inglês Fredrick Delius demonstrou tanta fascinação pelos fiordes e montanhas que Grieg e seus amigos passaram a chamá-lo de “Homem do Planato de Hardanger”.  

Outro visitante assíduo foi o compositor holandês Julius Röntgen. Em agosto de 1891, ele encontrou Grieg em Lofthus. Os dois decidiram ir juntos a Jotunheimen – o maciço mais bravio e de maior altitude da Noruega. Iniciaram a aventura navegando pelo Fiorde de Hardanger rumo ao norte, antes de viajar por terra até Voss, Stalhein e Gudvangen. Depois seguiram caminho a remo, perfazendo 90 km no Fiorde de Sogn até o último vilarejo, Skjolden, que é o portal ocidental de Jotunheimen, Röntgen deixou um relato vivaz da subida de Skjolden até a região alpina:

“Dali a subida é íngreme até Turtagro. No caminho levamos um rebequista, que nos entretinha com danças camponesas naquela viagem deliciosa. A música combinava tão bem com a paisagem! 
Grieg escutava encantado, marcando o ritmo com a cabeça. Na mão, segurava um copo de vinho do Porto, que de vez em quando oferecia ao músico. “Isso é a Noruega”, disse, com os olhos brilhando.”

 

Na riqueza da tradição folclórica, Grieg encontrou material para criar música de câmara, obras orquestrais, canções e peças para piano. Entre os instrumentos utilizados pelos músicos populares, o violino de Hardanger exercia especial fascinação sobre Grieg. Este violino de oito cordas, sendo quatro de ressonância, é considerado o instrumento nacional da Noruega. 

Nas paragens interioranas de Fiorde de Hardanger e nos vilarejos próximos de Voss, a arte de tocar este violino sempre foi bastante apreciada, mantendo-se viva até os nossos dias. Hoje, cem anos após a morte de Grieg, podemos ver os mesmos vilarejos bucólicos e igrejas de madeira, rodeados por altas montanhas, geleiras e cachoeiras. O número de habitantes nas pequenas comunidades continua praticamente o mesmo. Preserva-se a cultura popular local ao mesmo tempo em que influências modernas são absorvidas. Os trajes típicos, as danças folclórica ainda fazem parte da vida cultural.

 
“Retratar, por meio de música, as paisagens norueguesas, a vida do povo norueguês, a história norueguesa e a poesia folclórica da Noruega me parece a missão que acredito poder realizar.”

 

 

Desde meados do século XIX, Turtagro é o ponto de partida para montanhistas de diversos países que queiram conhecer o maciço de Jotunheimen. As caminhadas nestas serras inspiraram o famoso dramaturgo norueguês Ibsen a escrever a peça Peer Gynt, para a qual Grieg compôs a música incidental na década de 1870. Grieg fazia excursões e caminhadas em Jotunheimen, onde se via face a face com o “o grandioso”. É Shakespeare e Beethoven e o que quiser em essência pura! Não troco isso por uma dúzia de concertos com Orquestra do Gewandhaus de Leipzig”, declarava ele. O site www.noruegadegrieg.org.br apresenta, em português, informações atualizadas sobre todos os festivais.

maio 14, 2011

Edvard Grieg

Edvard Grieg

  • Nasceu a 15 de junho de 1843, em Bergen.
  • A mãe, pianista habilidosa, cuidou de sua iniciação musical
  • Estudou na Alemanha entre 1858 e 1862,
frequentado o Conservatório de Leipzig
  • Passou alguns anos em Copenhague, onde deu início à carreira de compositor, querendo criar uma música verdadeiramente norueguesa.
  • Em 1867, casou-se com sua prima Nina Hagerup, uma cantora de grande talento.
  • Entre 1866 a 1874, viveu em Oslo, onde trabalhou como regente e professor.
  • Na década seguinte,dividiu seu tempo entre Bergen, Lofthus e viagens ao exterior.
  • Sua fama como composiotor ganhou ímpeto a partir de 1869, e suas obras foram apresentadas nas principais metrópoles do mundo.
  • Ouso das fontes folclóricas para composições eruditas caracterizou a obra de Grieg, que criou escola entre jovens compositores como Maurice Ravel, Bela Bartók e Alberto Nepomuceno.
  • Em 1885, Grieg fixou residência em Troldhaugen, uma propriedade situada nos arredores de Bergen.
  • Faleceu a 4 de setembro de 1907, em Bergen.
  • Deixou um legado musical que inclui as Peças Líricas, as duas Suítes de Peer Gynt, a Suíte de Holberg, o Concerto para piano em lá Menor, as Danças Sinfônicas e o ciclo de canções Hangtussa.

O que inspira a criação e molda a alma de um grande compositor como Edvard Grieg?

Pode-se buscar a resposta na bela região onde ele viveu, cuja natureza exerceu forte influência sobre sua arte musical.

O museu de Troldhaugen representa o lar e o legado de Grieg. Situado próximo à cidade de Bergen, é constituído por diversas construções e jardins naturais que guardam a chave para aqueles que querem conhecer a vida e a obra desse grande compositor.

O prédio de exposições, com sua arquitetura contemporânea e convidativa, abriga uma mostra permamente sobre Edvard Grieg. Ao lado do museu fica “Troldsalen”, um excelente salão para música de câmara, que é palco de cerca de 300 concertos e recitais por ano. Durante o Festival Internacional de Bergen, há apresentações todos os dias.

A casa onde Grieg viveu com a esposa é outra atração que revela muito sobre a personalidade do compositor. Alías, ele se referia à casa como seu melhor opus. Nos detalhes da decoração, podemos perceber como seus pensamentos e idéias se materializam. Os ambientes internos e externos permitem aos admiradores e estudiosos da música um melhor entendimento sobre a arte de Grieg.

No amplo terreno de sua propriedade, Grieg preservou a paisagem e as matas originais, optando por construir, à margem do fiorde, uma cabana que o possibilitava trabalhar em meio ao SIlÊNCIO DA NATUREZA.

Mais ao norte, incrustada no rochedo que desce até as águas da lagoa, está o túmulo de Grieg e sua esposa. Rodeado pela paisagem bucólica que tanto inspirou o compositor, o local atende às palavras do mestre:

“ Aqui quero descansar para sempre.”

"As montanhas da minha terra natal ainda me chamam com poder irresistível. É como se ainda tivessem tanta, mas tanta coisa a me dizer.”

(Carta de Grieg ao autor Jonas Lie, 1888)

Lofthus

Para buscar forças e inspiração, Grieg escolheu o vilarejo de Lofthus, à margem do Fiorde de Hardanger, onde encontrou o cenário perfeito para suas composições, O lugar tanto o agradou que ele fez construir uma cabana onde pudesse se dedicar ao trabalho artístico sem qualquer interferência. A cabana foi preservada e pode ser vista no jardim do Hotel Ullensvang.

Em carta a um amigo, Grieg descreve sua estadia em Hardanger da seguinte forma:

“ É preciso viajar a Hardanger antes do São João para sentir a poesia do lugar em toda a sua glória e beleza. Então, as cachoeiras deixam soar suas imponentes sinfonias, as geleiras brilham, o ar está impregnado de aromas, as noites são claras, lá toda a existências paraece um conto de fadas. Imagine, não conseguíamos ir dormir de noite. Ficávamos acordados na claridade noturna, noite após noite, sorvendo o belo ar e o luminoso fiorde, que repousava na mais profunda paz."

(carta escrita por ocasião do 53º aniversário de Grieg, comemorado em Lofthus no dia 15 de junho de 1896).

Em 1896, no planalto de hardanger, a grandeza da paisagem inspirou Grieg a compor várias peças inovadoras, baseadas em músicas populares: “Tendo Voringsfossen a seus pés, você se sente mais independente e ousa mais que lá embaixo no vale”, ele dizia. O frescor e o pioneirismo das composições de seu Opus nº 66 refletem a beleza agreste que cercava o autor.

Fonte: A magia dos Fiordes da Noruega - Seguindo as trilhas de Grieg

maio 03, 2011

Bolinho De Bacalhau Da Noruega

Ingredientes 

300g de peixe tipo Bacalhau Saithe, ling ou zarbo, dessalgado, desfiado, sem pele e espinhas 1 kg de batata inglesa 1 ramo de salsa Pimenta-do-reino moída na hora 2 clarashttp://www.blogger.com/img/blank.gif Azeite de oliva extra-virgem Sal e pimenta do reino a gosto Óleo vegetal para fritura 


 MODO DE PREPARO 

Desfiar o B Dacalhau da Noruega com um pano de algodão ou com as mãos. Cozinhar as batatas, amassá-las e misturar ao bacalhau, de preferência com as mãos. Acrescentar a salsa picada, a pimenta, as duas claras batidas em neve e misturar. Untar as mãos com azeite e enrolar os bolinhos. Fritar em abundante e bem quente. www.bacalhaudanoruega.com.br