março 22, 2010

IDUN, A GUARDIÃ DAS MAÇÃS DE OURO

Trad.: Ana Maria Machado

Gilles Ragache - Christian Heinrich

Nos maravilhosos jardins do Asgard, a deusa Idun devia provar que era atenta e vigilante, pois era encarregada de tomar conta das maçãs de ouro. Eram frutas excepcionais, que concediam a eterna juventude a quem as mordesse. Essas maças preciosas permitiam que os deuses ignorassem o curso do tempo, até o dia em que o gigante Thiazi ficou sabendo da existência delas...

Com inveja dos deuses, como todos os gigantes, Thiazi planejou se apossar das frutas. Mas a entrada do pomar era muito bem guardada pelo deus Heimdal. Thiazi então começou capturando Loki, um gênio demoníaco que tinha o privilégio de circular livremente pelo pomar. Em troca de sua liberdade, Loki aceitou organizar o sequestro de Idun...

Uma manhã, ele atraiu a bela deusa a uma clareia isolada, no coração de uma densa floresta, a pretexto de lhe mostrar maçãs ainda mais extraordinárias do que as suas. Sem desconfiar, a meiga Idun foi a seu encontro.

Assim que chegou, ela espantou-se de não ver maçã alguma na clareia. Loki ganhou tempo, murmurando algumas frases obscuras, e a deusa não deu a menor importância à águia gigantesca que planava por cima dela... De repente, a enorme ave de rapina mergulhou em linha reta em direção à clareira, agarrou a roupa de Idun e... foi-se embora com ela! Para atingir melhor seus desígnios, o gigante Thiazi se metamorfoseara em águia... Loki cumpria sua parte e, feliz com sua má ação, voltou sem problemas aos jardins do Asgard.

Embora vivessem distraídos, os deuses logo constataram o desaparecimento de Idun e se preocuparam. Ninguém a vira sair. E apesar de todas as buscas, não conseguiam encontrá-la. Alguns dias depois, na ausência da deusa, as árvores não deram mais frutos. Então os cabelos dos deuses começaram a embranquecer e as rugas foram marcando seus rostos: hora a hora, a velhice retomava aquilo a que tinha direito!

Muitos deuses logo começaram a suspeitar de Loki, porque ele não parecia triste nem surpreso com a ausência de Idun. E já tinha aprontado algumas... Assim, depois de muita conversa, Loki acabou por confessar sua culpa. Os deuses, então, ficaram tão furiosos e o ameaçaram com represálias tão terríveis que o céu e a terra chegaram a tremer! Aterrorizado, Loki se comprometeu a trazer Idun de volta, sã e salva, no menor tempo possível.

Como nunca lhe faltavam ideias (boas ou más), Loki rapidamente concebeu um plano. Pediu à deusa Freya que o transformasse em falcão o que ela logo fez. Sob essa forma diferente, Loki pôde se aproximar do castelo de Thiazi sem ser reconhecido. Os cães ferozes que guardavam o lugar nem chegaram a latir. Loki ficou um momento dando voltas, protegido por uma nuvem e depois, aproveitando a ausência do gigante, pousou perto da prisioneira. Propôs que ela fugisse, mas os enormes cães do gigante estavam de guarda e Idun jamais conseguiria escapar a suas presas afiadas!

Restava apenas o caminho dos ares, mas um simples falcão tinha forças para erguer uma mulher. Por isso, Idun se transformou numa noz. Loki pegou com suavidade aquela noz redonda e lisa, fechou-a entre suas garras afiadas e se afastou o mais rápido que podia.

Regressando de uma aventura longínqua. Thiazi descobriu a casa vazia. Percebeu um falcão que fugia para o sul e imediatamente compreendeu a esperteza do outro. Transformou-se numa águia negra imensa e deu um grito horrível, que gelou o sangue de Idun. Seguiu-se uma perseguição selvagem. Apesar de seus esforços, Loki não conseguia ser tão rápido quanto ele. A águia se aproximava do falcão, implacavelmente. Bem diante do palácio do Asgard, o falcão teve que enfrentar a águia. Sua derrota era certa, mas os deuses ouviram o grito de pavor de Idun. Então Heimdal e Odin acenderam rapidamente um paredão de fogo, altíssimo, tão alto que chegava até o céu, separando o falcão e a águia. Thiazi não conseguiu evitá-lo a tempo e queimou as asas. Idun estava salva! A partir desse dia, as macieiras tornaram a florescer e os deuses reencontraram a eterna juventude.

Fonte: Mitos e lendas - A Europa

março 15, 2010

O PAPEL DA MULHER

As mulheres vikings eram responsáveis por todas as tarefas da casa, além de fiar, tecer e confeccionar roupas para a família. Aprendiam tudo isso enquanto pequenas.

As mulheres gozavam de certa liberdade, especialmente as que pertenciam a uma família rica. Podiam possuir terras e outros bens e cuidar do cultivo das terras, além de comerciar por conta própria. Naquela época, na maioria de outros países, as mulheres não tinham esses privilégios.

Geralmente eram elas que ensinavam histórias e brincadeiras para as crianças e recitavam-lhes poesias. Desse modo transmitiam as tradições para as futuras gerações. Já que poucas pessoas sabiam ler e escrever, essa era a melhor maneira de conservar seus conhecimentos e suas histórias.

Também eram elas que defendiam as terras contra ataques quando o marido estava fora. Se caso quisesse se separar, o casal só tinha que dizer às testemunhas que desejava separar-se.

FONTE: Os vikings - Michael Gibson

Trad. Aulyde Soares Rodrigues

março 08, 2010

MARGARIDA




Margarida I (1353 - 28 de outubro de 1412) nasceu no Castelo Vordingborg, filha de Valdemar IV da Dinamarca. Casou aos 10 anos, com o rei Haakon VI da Noruega, o mais novo e o único filho sobrevivente de Magnus VII da Noruega e II da Suécia. Rainha da Noruega, Dinamarca e posteriormente regente da Suécia, fundadora da chamada «União de Kalmar» que unificou todos os reinos escandinavos num único país.


Rainha
A Dinamarca não tinha a tradição de permitir às mulheres reinarem e por isso quando seu filho morreu, ela foi rebatizada de "Senhora do Reino da Dinamarca". Teve o seu próprio tratamento de "Rainha da Dinamarca", durante o ano de 1375. Normalmente Margarida era referida como "Margarida, pela graça de Deus, filha de Valdemar da Dinamarca" e "Legítima herdeira da Dinamarca" quando se refere à sua posição na Dinamarca. Outros simplesmente referem-na como a "Senhora Rainha". O Papa Bonifácio IX escreveu para ela como "Rainha da Dinamarca" ou "Rainha da Dinamarca, Noruega e Suécia".

No que se refere à Noruega, ela era conhecida como Rainha (rainha-consorte, então rainha viúva) e regente. Na Suécia, ela era Rainha viúva e Regente geral. Quando ela casou com Haakon, em 1363, ele foi ainda co-rei da Suécia. Margarida, apesar de ser deposta, nunca abandonou o título.


Fonte: Wikipédia


SAIBA MAIS


http://pt.wikipedia.org/wiki/Margarida_I_da_Dinamarca,_Noruega_e_Su%C3%A9cia

março 02, 2010

OS QUATRO FILHOS DE GEFJON

Uma noite, durante um banquete no palácio do ASGARD, a bela deusa Gefjon fez vários truques de mágica para entreter os convidados. Em seguida, a jovem passou a fazer profecias, pois tinha o dom de prever o futuro, embora não pudesse mudar seu curso. Depois, brincou de fazer aparecer e desaparecer vários pássaros multicoloridos.

Seduzido pelos talentos da loura Gefjon, um dos convidados, o rei Gylfi, ofereceu um reino à deusa. Prometeu entregar-lhe toda a terra que ela fosse capaz de lavrar durante uma noite com uma simples charrua. Sem hesitar, a bela deusa aceitou. Logo chamou seus filhos, quatro belos rapazes grandalhões que ela adorava e, com um sorriso malicioso, transformou-os em quatro fogosos touros. Durante a noite toda, eles revolveram vastas extensões de terreno no sul da Suécia. E trabalharam com tal ímpeto que deslocaram enormes quantidades de terra... até o mar!

Na manhã do dia seguinte, Gefjon e seus filhos, novamente com a forma humana, tinham ganho seu reino: ao largo da costa, onde tinham jogado a terra, erguia-se uma grande ilha fértil chamada Seeland, enquanto no solo da Suécia um imenso buraco se enchia d’água lentamente: o futuro lago Maelar.

Fonte: Mitos e lendas - A europa

Texto de Gilles Ragache - Christian Heinrich

Tradução.: Ana maria Machado