abril 24, 2010

Uma escrita misteriosa: as Runas

Os vikings escreviam pouco. Aqueles que dominavam essa arte tinham uma escrita não-cursiva, dura, firme, quase retilínea, pois se destinava mais a ser gravada do que a ser traçada com uma pena ou um pincel. Assim, os vikings gravavam seus textos em pedras comemorativas ou em objetos diversos de madeira, osso ou mental. Esses sinais particulares se chamam runas. Atualmente, está sendo possível decifrar os textos rúnicos porque já se conhece o valor de cada um dos sinais, mas eles ainda estão sujeitos a interpretações muito variadas por parte dos especialistas.

Encontram-se numerosas pedras rúnicas na Escandinávia, muitas vezez enfeitadas com lançadas e motivos decorativos curvilíneos e eventualmente pintadas em cores vivas.

Para conhecer melhor a civilização dos vikings, podem-se também consultar documentos provenientes dos povos vizinhos. Os missionários católicos, os reis da França e os comerciantes árabes nos deixaram testemunhos interessantes sobre eles. Para o estudo da mitologia, entretanto, os textos preciosos são poemas islandeses que foram agrupados na Idade Média com o nome de Edda. Também existem narrativas semilendárias, as sagas. Relatando as aventuras de marinheiros islandeses, esses textos semelhantes a epopéias são redigidos em versos ou em prosa, a maioria delesapós o fim das conquistas conquistas vikings! O manuscrito mais conhecido foi redigido por volta de 1220 por Snorri Sturluson.

Finalmente, os pesqueisadores dispõem de abundantes fontes arqueológicas: encontrou-se grande quantidade de objetos domésticos, armas, utensílios e até mesmo barcos e carruagens em excelente estado de conservação. Para melhor conhecer a mitologia, pode-se também estudar uma enorme quantidade de estatuetas e amuletos que os vikings usavam. Uma miniatura do martelo de Thor pendurada no pescoço parece ter sido uma moda de muito sucesso.

AS RUNAS

Geralmente gravadas em pedra ou madeira, as runas eram utilizadas pelo vikings e pelos primeiros germanos. A mitologia atribui sua invenção a Odin, o deus mais sábio de todos, que só se expressava por meio da poesia. Ainda incerta, a origem das runas até hoje desperta discussão, mas se sabe que elas surgiram antes do ano 1000.

Essa escrita, muitas vezes considerada secreta, se compõe principalmente de elementos retilíneos, o que a torna mais fácil de ser gravada, mas não constitui um alfabeto rigoroso. As seis primeiras letras do conjunto são chamadas de futhark e, por extensão, esse nome também é dado ao sistema da escrita. Um primeiro futhark compreende 24 signos. Um segundo, apenas dezesseis.

Hoje em dia, sabe-se decifrar os signos rúnicos, mas o sentido correto de certos textos ainda permanece muito obscuro.

abril 15, 2010

Vikings

Curadora , Elisabeth Ward

A curadora da maior exposição já realizada sobre os vikings revela novidades a respeito desse povo que era pirata e negociante, agricultor e navegante, civilizado e bárbaro.

por Angela Pimenta

Dos antigos gregos, a cultura ocidental se orgulha de ter herdado a filosofia, a arquitetura, os princípios democráticos. Dos romanos, o direito, a arte, a culinária. E dos vikings, os antigos habitantes da Escandinávia? Se você lembrou apenas do capacete com dois chifres que até hoje é usado por alguns torcedores suecos em jogos da Copa do Mundo, está profundamente enganado. “Os vikings jamais usaram esses capacetes”, afirma Elisabeth Ward, curadora-assistente da exposição “A Saga do Atlântico Norte”, a maior já realizada sobre os vikings nos Estados Unidos, que terminou no final do mês passado. “Foram os figurinistas da ópera Brunhilda, do compositor Richard Wagner, que, no século XIX, resolveram vestir os cantores com esses capacetes. Vai saber por quê...”

Essa é apenas uma das curiosidades da mostra, que atraiu mais de 2 milhões de pessoas para os museus de História Natural de Nova York e de Washington. A exposição, que custou mais de 3 milhões de dólares, revela que os temidos povos do Norte da Europa foram muito mais do que os “bárbaros” que aterrorizaram a vida dos europeus na Idade Média. A maioria deles não passava de agricultores e comerciantes. E há até a suspeita de que Cristóvão Colombo tenha partido rumo à América atiçado por informações obtidas, em fevereiro de 1477, em uma colônia de descendentes vikings na Islândia.

Enquanto se preparava para levar a exposição para outros seis Estados americanos, Elisabeth Ward falou à Super sobre o legado que os vikings deixaram ao Ocidente, incluindo invenções navais, descobertas geográficas e até instituições de governo.

Super – Por que os vikings eram tão temidos pelos europeus?

Principalmente porque não tinham nenhum tabu religioso, como os europeus tinham, em atacar igrejas. Um exército francês jamais atacaria um monastério inglês e vice-versa. Já para os vikings, que não eram cristãos, conventos eram alvos óbvios: geralmente estavam cheios de comida, dinheiro e relíquias preciosas. O desrespeito aos templos cristãos explica por que os vikings foram demonizados durante tantos séculos pelos europeus.

Durante as batalhas, eles não eram mais cruéis que os guerreiros romanos ou chineses?

Os vikings eram, de fato, violentos. Provavelmente num grau de violência igual ao dos romanos, talvez com poucas diferenças. Mas não eram adeptos da tortura, por exemplo. Tortura, como se sabe, era uma ferramenta de uso essencialmente político dos reis europeus e da Igreja. Já os vikings eram piratas pragmáticos: chegavam, atacavam, partiam e voltavam, quando se interessavam pelo lugar. Numa guerra, preferiam a morte rápida do inimigo, no fio da espada, aa longo prazo. Mas é verdade que o uso da violência não era uma prática condenável para a cultura viking. As sagas (poemas épicos vikings) descrevem o Valhala, a casa dos mortos, como uma espécie de fazenda, com todo o luxo possível para a época. Nesse paraíso nórdico, os mortos passariam a eternidade guerreando, como se suas lutas fossem uma espécie de hobby. golpes de machado. Como faziam parte de uma cultura de tribos nômades e autônomas, cujo poder político era pulverizado, estavam mais interessados na pilhagem (e na morte, se preciso) do inimigo do que no domínio político

Quais eram as armas mais cruéis e as táticas de guerra dos vikings?

Ao contrário do que se pensa, o grande trunfo tecnológico deles não eram os machados e tampouco as espadas. Aliás, as armas vikings eram muito semelhantes às européias. A grande invenção bélica dos vikings estava na tecnologia de seus barcos, os knorr. Eles eram máquinas de guerra formidáveis: rápidos, ágeis e compactos, navegavam tanto em mar revolto quanto em águas rasas. Com eles, os vikings introduziram o fator surpresa nas batalhas européias. Foi assim que eles inventaram o ataque fulminante, mais tarde batizado de blitzkrieg pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Como funcionava o Thing, o parlamento inventado pelos vikings?

O Thing foi a primeira oligarquia democrática no Ocidente depois do Senado romano. Além da própria Noruega, foi adotado com êxito na Islândia no século X. Funcionava da seguinte maneira: cada aldeia agrícola apontava o seu representante, que era escolhido com base na reputação moral e na capacidade de liderança. No verão, durante duas semanas consecutivas, os líderes se reuniam numa espécie de assembléia geral que se dedicava sobretudo a resolver questões de litígio entre vizinhos pela posse da terra. As leis não eram escritas, mas preservadas oralmente. O Thing era apenas um poder consultivo; não dispunha de um exército para fazer valer sua vontade. Mesmo assim, na maioria das vezes os vikings acatavam as resoluções do Thing, que eram respaldadas pela vontade popular.

É verdade que mulher na sociedade viking tinha mais autonomia do que as européias?

Os vikings eram polígamos. Mas a primeira-esposa da tribo tinha um papel social importante na comunidade. Quando o marido, que era o chefe da aldeia, viajava, era ela quem comandava aa primeira-esposa mandava nos outros homens da aldeia. Esse poder era simbolizado por um chaveiro que ela trazia na cintura. Outra coisa interessante é que, ao contrário da sociedade européia, a sociedade viking não tinha nenhum tipo de tabu quanto à virgindade da mulher, que podia ter vários parceiros sexuais. E os filhos nascidos fora do casamento (muito comum entre eles) não sofriam o preconceito que os bastardos sofriam na Europa. casa, cuidando também de outros aspectos importantes da vida da comunidade – incluindo o controle das finanças e da colheita. Na prática, isso significa que

O que ainda falta descobrir sobre o cotidiano dos vikings?

Na Dinamarca, prosseguem escavações dos barcos usados como túmulos, para que se tenha uma visão mais precisa do seu dia-a-dia. Os chefes vikings eram enterrados com todos os utensílios: comidas, animais e até servos e concubinas vivas, que sacrificavam a vida pelo conforto do chefe em sua suposta eternidade. Em Dublin, os cientistas tentam saber qual o exato papel da cidade (fundada pelos vikings) para suas rotas de comércio na Europa, na América e em terras que hoje pertencem ao Iraque. Na Rússia, em Staraja Ladoga, perto de Kiev, um cemitério viking pode revelar novidades interessantes sobre suas práticas comerciais e também em que grau eles se miscigenaram com os russos.

E sobre a presença deles na América...

Apesar das grandes descobertas dos últimos 40 anos, como a da aldeia viking L’Anse aux Meadows, em 1960, na costa leste do Canadá, muitos mistérios ainda precisam ser decifrados. Não sabemos, por exemplo, por que os cerca de 50 nórdicos que chegaram lá no século XI foram embora depois de dez anos de assentamento. Na Groenlândia, onde chegaram no século X, as comunidades vikings duraram quase 400 anos. Outra questão importante é descobrir o tipo de relação que os vikings estabeleceram com os inuit, o povo nativo da América do Norte. Se ficar provado que os vikings faziam comércio com os inuit – e há fortes indícios disso –, então aa Groenlândia depois de mais de três séculos de ocupação. Tudo indica que um resfriamento dramático no clima acabou levando-os de volta à Islândia e à Europa, mas os cientistas não chegaram a nenhuma conclusão a respeito. história da região terá que ser reescrita. Finalmente, falta esclarecer por que os vikings acabaram deixando

Existe alguma evidência da presença dos vikings na América do Sul, mais precisamente no Brasil?

Não. Nos anos 70, foi noticiada a descoberta de inscrições rúnicas (o alfabeto viking) no Brasil, mas nada de mais consistente ainda ficou provado a respeito disso até agora.

abril 09, 2010

HANS CHRISTIAN ANDERSEN

Você já ouviu falar de Hans Christian Andersen? Ele é, simplesmente, um dos maiores escritores dinamarquês. Suas histórias conquistaram o mundo. Quem não conhece a história da "Pequena Sereia" ou do "Patinho feio"? Aos 14 anos, Andersen foi para Copenhague, onde conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin. Andersen trabalhou como ator e bailarino, além de escrever algumas peças. Em 1828, entrou na Universidade de Copenhague e já publicava diversos livros, mas só alcançou o reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance "O Improvisador". Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos infantis que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Graças à sua contribuição para a literatura para a infância e adolescência, a data de seu nascimento, 2 de abril, é hoje o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero leva seu nome. Entre os títulos mais divulgados da obra de Andersen encontram-se:
  • O patinho feio
  • O soldadinho de chumbo
  • A roupa nova do Imperador
  • A pequena sereia
  • A Menina dos Fósforos
  • O Abeto
  • A Caixinha de Surpresas
  • Os Sapatinhos Vermelhos
  • O pequeno Claudio e o Grande Claúdio
  • A princesa e a Ervilha
  • Polegarzinha

Publicou ainda: O Improvisador, Nada como um menestrel, Livro de Imagens sem Imagens, O romance da minha vida (autobiografia em dois volumes), mas a sua maior obra foram os contos de fadas (Eventyr og Historier, ou Histórias e Aventuras) que publicou de 1835 à 1872, onde o humor nórdico se alia a uma bonomia sorridente, e onde usa simultaneamente a base constituída por contos populares e uma ironia dirigida aos contemporâneos. 20 out. 2009A Pequena Sereia Título Original: The Little Mermaid Produzido pela Walt Disney Pictures, em associação com Silver Screen Partners IV, em 1989. O filme é baseado no conto homônimo do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. *Vencedor do Oscar de 1989: Melhor Trilha Sonora, Alan Menken. Melhor Canção, Under The Sea, Alan Menken & Howard Ashman.   

loforndelvidre 3 mar. 2008 a beautiful story, winner of an Oscar in 1939 

 glorinhasm 6 out. 2009  

BIBLIOGRAFIA

Os Mais Belos Contos de Andersen
Editora: Salamandra
Mergulhar no maravilhoso mundo dos contos e personagens de Andersen é o convite especial que este livro nos faz. Com belas ilustrações da alemã Silke Leffler , 13 grandes clássicos do autor são apresentados de maneira divertida e estimulante, capaz de envolver desde os leitores mais jovens até os mais experientes.
Hans Christian Andersen
Este livro comemorativo do bicentenário de Hans Christian Andersen, traz ao leitor quatro lindas histórias clássicas, com texto original e sem cortes: O Patinho Feio; O Soldado de Chumbo; O Sapo; O Criador de Porcos.
A Pequena Sereia - Contos de Andersen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_Andersen http://www.google.com.br/search?q=Hans+Christian+Andersen&hl=pt-BR&tbs=tl:1&tbo=u&ei=qGa2S4beO4KclgfRn7gt&sa=X&oi=timeline_result&ct=title&resnum=22&ved=0CFEQ5wIwFQ

abril 02, 2010

Hans Christian Andersen nasceu há 205 anos

wiki repórter mirna_c_albuquerque Rio de Janeiro-RJ

"Hans Christian Andersen (Odense, 2 de Abril de 1805 - Copenhague, 4 de Agosto de 1875) - Foto: encontra-se na internet

Hans Christian Andersen, se vivo estivesse, hoje faria 205 anos! E como sua obra tem sido lida por gerações - e assim continuará a ser, Andersen encontra-se entre nós através de suas histórias, que encantam a todos, mesmo os adultos. Quase todos lemos, da lista que está na matéria que posto, senão muitas, a maioria de suas histórias. Seus contos têm sido reiteradamente traduzidos para quase todas as línguas existentes. Pudera! São expressões suaves de criatividade literária ímpar, que sensibiliza as pessoas sensíveis e sonhadoras: aquelas que acreditam na existência de fadas, príncipes, gnomos... todo o imaginário intangível, mas passível de ser encontrado por almas puras e inteligências criativas. Muitas vezes, quando Andersen contava suas histórias, gostava de, ao mesmo tempo ou desenhá-las ou fazer recortes em papel das mesmas. Em Copenhagen, há um museu com diversas gravuras e recortes feitos por Andersen. É de tal importância sua contribuição para a literatura infanto-juvenil que 2 de abril foi escolhido como "Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil". Acresça-se ainda o fato de que o mais importante prêmio deste gênero de literatura, tem o seu nome. Voltemos ao passado e lembremo-nos o quanto nos deliciávamos com as histórias que ele escreveu. Mirna Cavalcanti de Albuquerque Hans Christian Andersen nasceu há 205 anos, no dia dois de abril Todos o sabem autor de histórias; poucos, que também era poeta. De família humilde, com pai sapateiro, Andersen teve dificuldades para se educar, mas os seus ensaios poéticos e o conto Criança Moribunda garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhague. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido. Entre os contos de Andersen, destacam-se: O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatinhos Vermelhos, O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei e A Princesa e a Ervilha, dentre outros. Publicou, ainda, O Improvisador (1835), Nada como um menestrel (1837), Livro de imagens sem imagens (1840), O romance da minha vida (autobiografia em dois volumes, publicada inicialmente na Alemanha em 1847), mas a sua maior obra foram os contos de fadas (Eventyrog Historier, ou Histórias e Aventuras) que publicou de 1835 a 1872), onde o humor nórdico se alia a uma bonomia sorridente, e onde usa simultaneamente a base constituída por contos populares e uma ironia dirigida aos contemporâneos.

Fonte http://peroladecultura.blogspot.com/2010/04/hans-christian-andersen.html

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=22473