março 28, 2011

Novo plano para norueguês mulheres, paz e segurança

 
O governo norueguês implementado desde 20 de janeiro, um novo plano de trabalho sobre temas relacionados às mulheres, paz e segurança.
 
 
Resolução 1325 do Conselho de Segurança foi adaptada em 2000. Tem como objetivo envolver as mulheres em uma extensão muito maior em todas as atividades relacionadas com a paz e a segurança, e estão mais protegidos em situações de conflito armado. Dez anos após a resolução foi aprovada, o Secretário Geral da ONU observou que trabalham com mulheres em situações de guerra e conflito não tem ido longe o suficiente. O governo da Noruega, vem o desafio das Nações Unidas para intensificar os trabalhos, a formulação de medidas, um plano de ação e vinculativa. "A resolução da ONU sobre mulheres, paz e segurança (1325) é especialmente importante para os militares. Esta é a introdução de uma perspectiva de igualdade de gênero nas operações de campo. Constantemente a tentar garantir que as mulheres estão envolvidas, e incidirá especificamente sobre a proteção das mulheres. Talvez isto é novo para nós, mas na realidade sensível, saudável, diz ministro da Defesa, Grete Faremo. - Muitos conflitos em que os homens armados que determinam os termos da paz. Apesar do forte empenho das mulheres em questões de paz em muitos países afetados por conflitos, são excluídos das negociações. Isso não é apenas uma questão democrática, mas também prejudica os processos de paz a longo prazo. Então, nós queremos fortalecer o nosso trabalho para obter mais mulheres envolvidas nos processos de paz e negociações, disse o chanceler Jonas Gahr Store. - As violações maciças afetando leste do Congo novamente. A violência sexual atinge centenas de milhares de mulheres em conflitos ao redor do mundo. É inaceitável que a sociedade internacional não reage da mesma forma como outras ameaças à paz e segurança. Aprofundamos os nossos esforços para combater a impunidade e para dar maior status às vítimas de violência sexual em áreas de conflito, diz o ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Internacional, Erik Solheim. O novo plano é um reforço do atual regime de governo e a implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU (1325) sobre as mulheres, a paz ea segurança e será executado até 2013. O plano envolve o Ministério das Crianças, Equidade e Integridade, da Defesa, da Justiça e dos Negócios Estrangeiros. O plano assenta em cinco áreas temáticas: processos de paz e negociações, operações militares internacionais, a reconstrução pós-conflito e de manutenção da paz, a violência sexual em conflitos armados e aumentar as responsabilidades e orientação para resultados.

-Resolución 1325 Consejo de Seguridad de la ONU: http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N00/720/21/PDF/N0072021.pdf?OpenElement

-Plan de acción noruego sobre la mujer, la paz y la seguridad: http://www.regjeringen.no/upload/UD/Vedlegg/FN/strategi_kvinner_fred_sikkerhet.pdf

 

Fonte:

http://www.borealidad.com.ar/nuevo-plan-noruego-para-la-mujer-la-paz-y-la-seguridad/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+boreal+%28Borealidad%29&utm_content=FaceBook

março 20, 2011

Dois mundos de Susanne Bier

Diretora do premiado Em Um Mundo Melhor foge à idealização para retratar a realidade.

Luiz Carlos Merten - O Estado de S.Paulo

Houve, no ano passado, um evento no mercado, em Cannes. Sempre existem muitos eventos no maior mercado de cinema do mundo, mas aquele atraía atenção por ser o filme obra de uma diretora dinamarquesa, ex-Dogma, que o festival tem ignorado - e olhem que Cannes tem um xodó por Lars Von Trier e Tomas Vinterberg -, mas também porque Em Um Mundo Melhor já despertava excepcional atenção. Todo mundo comentava, a própria imprensa - sem ver -, o grande filme de Susanne Bier. A carreira internacional confirmou-se. Em Um Mundo Melhor ganhou o Globo de Ouro e o Oscar, nas categorias de melhor filme estrangeiro. Estreia hoje. É ótimo.

A própria Susanne comentava um dos aspectos mais interessantes de seu filme. Ao longo dos anos, na produção clássica de Hollywood, o público se acostumou a ver grandes diretores (homens) que retratavam na tela, rico em nuances, o universo feminino. Joseph L. Mankiewicz e George Cukor tornaram-se conhecidos como autores de "mulheres" (e fizeram grandes filmes). Parece mais raro, até hoje, que uma mulher se volte para o universo masculino. É o que faz Susanne Bier. Ela não vê nada de excepcional nisso. "Um autor tem de servir a seus personagens, independentemente de idade ou sexo. Seria uma diretora muito limitada se só conseguisse fazer filmes do meu ponto de vista, sobre gente como eu."

Em Um Mundo Melhor desenrola-se em duas frentes - na Europa, mais exatamente na Dinamarca, e na África. Um homem transita entre esses dois espaços - um médico, que presta serviço humanitário num campo de refugiados. Na África, ele dá assistência a mulheres que sofrem a brutalidade do senhor da guerra local - e a violência da guerra, embora num outro sentido, também é o tema do documentário Restrepo, que estreia hoje. Na Dinamarca, onde vivem a mulher e o filho, o problema é familiar. O garoto vive apanhando de um colega. Como lidar com o assunto? Surge esse outro garoto que se une à vítima e bola um plano para aplicar um corretivo (radical) no valentão.

O caso desdobra-se na África, onde o médico, inesperadamente, vê à sua mercê, vítima de um ferimento grave, o senhor da guerra. Susanne Bier já fez filmes que, segundo ela mesma, procuravam simplificar os conflitos - e o caso mais notável é o de Depois do Casamento.

No caso de Em Um Mundo Melhor, ela percebeu que a própria amplitude de seus temas não lhe permitia nenhuma simplificação. É tudo muito complexo - a natureza do bem e do mal, do certo e do errado. Em um mundo melhor, as pessoas talvez não se infligissem tanto sofrimento, umas às outras. Haveria mais respeito, direito à diferença. Infelizmente, no mundo real, o jogo é de poder, seja entre homens (e crianças) ou nações. Susanne admite que fez seu filme para desmontar a crença das pessoas de que a vida na Dinamarca é mais pacífica e harmoniosa do que na bárbara África. Seu filme é sobre violência e perdão. "Espero que ajude as pessoas a viverem com mais consciência", diz a diretora. Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110311/not_imp690302,0.php

março 11, 2011

Em Um Mundo Melhor

Ganhador do Oscar e do Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira, o dinamarquês "Em um Mundo Melhor", de Susanne Bier, se insere na tradição dos premiados nessa categoria: pouco reflete sobre o cinema fora dos Estados Unidos, mas muito ressoa junto aos interesses dos norte-americanos. http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2011/03/10/vencedor-do-oscar-de-filme-estrangeiro-em-um-mundo-melhor-conta-historia-moralizante.jhtm

Em Um Mundo Melhor

Hævnen Gênero: Drama Duração: 119 min. Origem: Dinamarca e Suécia Estréia 11 de Março de 2011 Direção: Susanne Bier Roteiro: Anders Thomas Jensen Distribuidora: Califórnia Filmes Censura: 16 anos Ano: 2010

SINOPSE

Anton (Mikael Persbrandt) é um médico que divide sua vida numa idílica cidade da Dinamarca com o trabalho num campo de refugiados africanos. Nesses dois mundos distintos, ele e sua família enfrentam conflitos que os levam à difícil escolha entre a vingança e o perdão. Anton e sua esposa Marianne (Trine Dyrholm) têm dois filhos pequenos e estão separados e brigando pelo divórcio. Elias (Markus Rygaard), o filho mais velho de 10 anos, está sofrendo bullying na escola até ser defendido por Christian (William Johnk Nielsen), um aluno novo recém chegado de Londres com o pai, Claus (Ulrich Thomsen). A mãe de Christian faleceu recentemente em decorrência de um câncer e o garoto está muito tocado pela morte dela. Elias e Christian logo estabelecem um forte laço, mas quando Christian envolve Elias num perigoso ato de vingança com possíveis trágicas consequências, a amizade deles é colocada em jogo e suas vidas correm perigo. Por fim, são os pais que acabam ajudando os garotos a lidar com a complexidade das emoções humanas, com a dor e o gostar.

março 03, 2011

Søren Kierkegaard

"Durante o primeiro período de um homem, o perigo é não correr riscos."

"O tirano morre e seu reinado termina. O mártir morre e seu reinado começa."
"Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História A inveja é admiração sem esperança"
"A maioria dos homens persegue o prazer com tanta impetuosidade que passa por ele sem vê-lo."
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente."

Søren Aabye Kierkegaard, filósofo e teólogo dinamarquês. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de que como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstrato, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal. A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja. A sua obra na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo.

Kierkegaard é um dos raros autores cuja vida exerceu profunda influência no desenvolvimento da obra. As inquietações e angústias que o acompanharam estão expressas em seus textos, incluindo a relação de angústia e sofrimento que ele manteve com o cristianismo — herança de um pai extremamente religioso, que cultivava de maneira exacerbada os rígidos princípios do protestantismo dinamarquês.

Um importante aspecto da vida de Kierkegaard, geralmente considerado como uma grande influência no seu trabalho, foi o rompimento do seu noivado com Regine Olsen. Kiekegaard e Olsen conheceram-se a 8 de Maio de 1837, mostrando logo uma atração mútua. Nos seus diários, Kierkegaard escreveu sobre o seu amor para com ela:
Vós, soberana do meu coração, guardada na profundeza secreta do meu peito, na plenitude do meu pensamento, ali [...] divindade desconhecida! Ó, posso eu realmente acreditar nas palavras dos poetas, que quando se vê pela primeira vez o objeto do seu amor, imagina já tê-la visto há muito tempo, que todo o amor assim como todo o conhecimento é lembrança, que o amor tem também as suas profecias dentro do indivíduo.
Kierkegaard ,
Thou sovereign of my heart treasured in the deepest fastness of my chest, in the fullness of my thought, there [...] unknown divinity! Oh, can I really believe the poet's tales, that when one first sees the object of one's love, one imagines one has seen her long ago, that all love like all knowledge is remembrance, that love too has its prophecies in the individual.

Em 8 de Setembro de 1840, Kiekegaard formalizou o pedido de noivado a Olsen. No entanto, Kierkegaard logo se sentiu desiludido com as perspectivas de se casar. Quebrou o noivado a 11 de Agosto de 1841, apesar de se acreditar que havia um amor profundo entre eles. Nos seus Diários, Kierkegaard menciona a sua crença que a sua "melancolia" o tornava impróprio para o casamento, mas o motivo exato para o rompimento do noivado permanece pouco claro.

Primeira fase como autor

Apesar de Kierkegaard, na sua juventude e nos tempos universitários, ter escrito vários artigos sobre política, a mulher, e entretenimento, muitos académicos acreditam que a sua primeira obra digna de nota é a sua tese universitária O conceito de ironia, com referência continua a Sócrates, apresentado em 1841, ou a obra prima e presumivelmente maior trabalho, Enten - Eller. Ambas as obras, que focaram grandes figuras do pensamento ocidental, Sócrates na primeira e menos diretamente Hegel e Friedrich von Schelegel na segunda, mostraram o estilo de escrita único de Kierkegaard. Kierkegaard terminou Enten - Eller com as palavras "...apenas a verdade que é construída é verdade para ti."

No mesmo ano em que Enten - Eller foi publicado, Kiekegaard soube que Regine Olsen se encontrava para se casar com um funcionário público. Esse fato afetaram Kierkegaard e os seus escritos subsequentes de modo profundo.

Principais obras

  • O conceito de ironia constantamente referido a Sócrates (1840)
  • É preciso duvidar de tudo (1842-1843)
  • Ou isso, ou aquilo: um fragmento de vida (1843) - contém o Diário de um Sedutor.
  • Temor e tremor (1843)
  • A repetição (1843)
  • O Conceito de Angústia (1844)
  • Migalhas filosóficas (1844)
  • Estádios no caminho da vida (1845)
  • Culpado? Não culpado? (1845)
  • Pós-escrito final não-científico às migalhas filosóficas (1846)
  • As obras do Amor (1847)
  • Ponto de vista explicativo da minha obra como escritor (1848, publicado póstumamente em 1859)
  • O Desspero Humano -Doença até a morte (1849) .
  • Os lírios do campo e as aves do céu (1849)
  • Escola do Cristianismo (1850)
  • Estética do Matrimônio
LEIA MAIS: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=623 http://www.cobra.pages.nom.br/fcp-kierkegaard.html http://existencialismo.sites.uol.com.br/kierkegaard.htm

RESUMO DAS PRINCIPAIS OBRAS

* Sua primeira obra é uma tese de Doutorado em Teologia defendida em setembro de 1841, onde escreve o conceito de ironia profundamente relacionada a Sócrates.

* Em 1843 escreve Enten, Eller (A alternativa), nesta obra é que se encontra o Diário de um sedutor.

* Neste mesmo ano publica Temor e Tremor. Obra que é considerada a mais profunda onde comenta a história de Abraão empenhado em sacrificar seu filho Isaac para obedecer à ordem de Deus.

* Ao mesmo tempo aparece Repetição, que trata do tempo e da felicidade.

* Em 1844 escreve As Migalhas Filosóficas, que trabalha o paradoxo da fé.

* Conceito de Angustia (1844), fala do pecado enquanto supõe o livre-arbítrio e a angustia da livre escolha dentre as possibilidades.

* 1845 – Os estágios sobre os caminhos da vida – nesta obra estão incluídos O Banquete (diálogo platônico), e Culpável e não culpável.

* 1846 – Post-Scriptum às Migalhas filosóficas.

* 1849 O Tratado de Desespero (reflexão sobre o pecado), traduzido também como: A Doença Mortal.

* Seu último livro, A Escola do Cristianismo, é uma crítica à igreja. O autor se posiciona contra um teólogo chamado Martensen, e contra o Bispo de Mynster.

* Em maio de 1855, funda um jornal: O Instante.

Todas estas obras são publicadas com pseudônimos como: Victor Eremita, Johannes de Silentio, Climacus e outros. Estes pseudônimos possivelmente são para se proteger de sua briga com o bispo da Igreja Luterana. Neste mesmo período Kierkegaard também publica mais de 24 discursos com seu próprio nome. Apesar de seus pseudônimos a obra de Kierkegaard se torna célebre, o fim de sua vida é bastante conturbada com polêmicas com os representantes da igreja oficial.

“O importante é entender –me a mim mesmo, é perceber o que Deus realmente quer que eu faça; o importante é achar uma verdade que é verdadeira para mim, achar a idéia em prol da qual posso viver e morrer” Journals p.44. In Filosofia e Fé Cristã, Colin Brown

“Quantas vezes demonstrei que fundamentalmente Hegel torna os homens em pagãos, em raça de animais com o dom do raciocínio. No mundo animal, pois, "indivíduo” sempre é menos importante do que raça. Mas a peculiaridade da raça humana é: justamente porque o indivíduo é criado à imagem de Deus, o “indivíduo” está acima da raça. Isto pode ser entendido erroneamente e terrivelmente abusado, reconheço. Mas isso é o cristianismo. E é aí que a batalha deve ser travada.” Journals.

gilsonprof | 28 jul. 2010 gilsonprof | 28 jul. 2010
BIBLIOGRAFIA
  • O Desespero Humano - Col. A Obra-prima de Cada Autor
Teólogo dinamarquês, Kierkegaard ficou conhecido como o autor do existencialismo. Sua obra foi como uma crítica veemente ao cristianismo que considerava deturpado em relação aos ensimantos de Jesus. Livro de avassaladora análise da consciência humana, a dialética do desespero humano é analisada em suas últimas facetas... Temor e Tremor
  • Temor e Tremor
Editora: Hemus
A perspectiva trabalhada neste livro é de cunho religioso e, na dialética existencial de Sören Kierkegaard apresenta o homem ético representado pela figura bíblica de Abraão que à medida que se posiciona a creditar em Deus, dá o salto da fé, onde vivencia o crer sem ver, e o viver pela experiência com o próprio Deus...
  • Diário de um Sedutor - Col. A Obra-prima de Cada Autor
Editora: Martin Claret
  • É Preciso Duvidar de Tudo - Col. Breves Encontros
Você vai se emocionar com ´É Preciso Duvidar de Tudo´, um extraordinário conto inacabado de Soren Kierkegaard sobre as inquietações do jovem Climacus, arrebatado por uma insólita paixão: o amor pela filosofia.
  • As Obras do Amor - Algumas Considerações Cristãs em Forma de Discurso
Editora: Vozes
Migalhas Filosóficas - Ou um Bocadinho de Filosofia de Jão Clímacus - 2ª Ed.
  • Migalhas Filosóficas - Ou um Bocadinho de Filosofia de Jão Clímacus - 2ª Ed.
Editora: Vozes