dezembro 01, 2009

Odin: Sábio e guerreiro

Odin era um colosso de mútiplos talentos. Antes de mais nada, era o deus que comandava as guerras. Com sua lança mágica numa das mãos e sua espada fulgurante na outra, lançava-se com visível prazer no meio das batalhas mais encarniçadas e sempre no meio das batalhas mais encarniçadas e sempre era ele quem escolhia o vencedor. Para se proteger, usava um capacete com dois chifres coberto de ouro, uma armadura e um cinturão de fivela pesada, capaz de multiplicar por dez a força de deus.

Dois temíveis logos gigantes e várias amazonas corajosas o acompanham em todas as batalhas. Essas mulheres jovens e lindas, chhamadas valquírias, apareciam para os guerreiros que iam morrer, mas ficavam invisíveis para os demais. Por isso, vê-las era um presságio terrível. Após os combates, as valquírias conduziam aqueles que haviam morrido em combate até o Walhall (ou Valhala), um paraíso especialmente construído para eles em Asgard. Lá, sob a presidência de Odin, todos participavam de um alegre banquete, servido pelas valquírias.

Às vezes benevolente mas sempre, Odin não comia. Tomava apenas hidromel, uma bebida à base de mel, e dava sua parte dos alimentos aos dois imensos lobos, que estavam sempre de guarda a seu lado. Muito mais do que simples combatente, Odin era sobretudo um sábio. Enquanto os guerreiros e os deuses festejavam e contavam proezas, ele refletia.

Tivera a coragem de sacrificar um de seus olhos, mirando a Fonte da Sabedoria guardada pelo gigante Mimir. Essa façanha o deixara coalho, mas também lhe permitia ter acesso a conhecimentos que nenhum outro deus possuía. Principalmente, Odin era o senhor da ciência das runas, uma escrita mágica que, graças a ele, os vikings depois passaram a utilizar.

Bonito e culto, Odin se espressava com facilidade, quase sempre em verso, pois adorava poesia. Com seu belo aspecto, ele fazia muito sucesso entre as mulheres. Mesmo tendo se casado com Frigg, a deusa do matrimônio, não deixava de cortejar outras deusas e até algumas gigantas... Por isso, são atribuídas a ele uma porção de filhos e uma família bastante complicada!

Quando ficava descancando em Asgard, Odin se sentava no centro de uma sala imensa, que tinha sido construída especialmente para ele e podia acolhar milhares de guerreiros. Odin tinha sempre sua lança mágica ao alcance da mão. Era uma arma terrível, capaz de lançar relâmpagos.

Todos os dias, dois corvos negros, chamados Pensamento e Menória, sobrevoavam silenciosamente a Terra. Depois, na hora do crepúsculo, esses dois pássaros sagrados iam pousar nos ombros de seu dono e lhe relatavam tudo o que haviam visto. Sempre que os vikings viam um corvo, lembravam-se de que aquele podia ser um mensagueiro de Odin.

Se por um lado Odin gostava de passar muito tempo refletindo e meditando, por outro também adorava percorrer o mundo. Nessas ocasiões, cavalgava o maravilhoso corcel Sleipnir, que lhe permitia atingir rapidamente qualquer ponto da Terra. Algumas vezes, ele se disfarçava ou até se metamorfoseava, para se misturar melhor aos homens, para se divertir ou para ensinar humildade a certos deuses. Outras vezes, era aconselhado pelo astuto e maligno Loki, com quem tinha um curioso pacto.

Temido pelos homens, respeitado pelos deuses, Odin reunia as qualidades do guerreiro, do poeta e do sábio.

Texto de Gilles Ragache

Tradução de Ana Maria Machado

Um comentário:

  1. Amiga!Adorei a matéria,gosto de mitologia,e sua postagem ampliou mais o meu conhecimento sobre esse assunto!Parabéns!!!
    Sucesso,paz e luz em sua vida!
    Beijos!!!

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