Vou pintar uma tela
Com cores inimagináveis
Cores do tempo
Cores de mulher.
Proferir
Entre linhas e traços
O retrato de uma mulher.
Mulher comum
Mulher como poucas
Que passaria despercebida pela História
Simplesmente pelo fato
De ser mulher.
Talvez seja vertigem
A imagem que trago dessa mulher.
Talvez seja apenas uma canção
Um sorriso de poeta.
Um poeta a descreveria
Como Deusa
Flor de Outrora
Mulher de fato.
Atrevo apenas a descrevê-la
Como SENHORA.
Pois apesar da rijeza da vida
Permanece Senhora.
Guardando consigo
Suas mazelas
Ressurgindo sempre
Soberana.
Quem sabe
O que se escondem
Em tão belos olhos
Lágrimas
Dores
Segredos sussurrados ao vento
Vida e morte
Tantos percalços...
E ainda sim se faz
Senhora.
Faz-se Mãe
Pela imensidão do seu amor.
Quem sabe se sua História
Não comoveria o ser mais rude
Pois perante ela
Todas as dores se apagam.
Tantos naufrágios,
Tantos náufragos!
Quem sabe como traduzi-la
Como parte do mundo
Parte de mim
Parte de ti.
Vou pintar uma tela...
Recriar
O Retrato de uma Mulher.
(Kris Rikardsen)
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