fevereiro 25, 2013

Kon-Tiki, o filme norueguês indicado ao Oscar e Globo de Ouro

  Ainda me lembro quando era estudante do ginásio Santista e um colega , Pedro Paulo, me falou de um livro chamado Kon-Tiki, que era um sucesso absoluto da não-ficção, termo que não existia ainda na época.
A história real de um norueguês chamado Thor Heyerdahl, em 1947, um etnógrafo fez uma perigosa e inédita travessia numa balsa rudimentar, na tentativa de provar sua tese, que havia sido ridicularizada, de que os indonésios haviam feito a travessia do mar ate a região do Peru, na América do Sul, ou seja, muito antes dos espanhóis.
Ou seja, eles percorreram 5 mil milhas marítimas em condições precárias, revivendo o feito de 1.500 anos antes. Essa viagem foi filmada pelos aventureiros rendeu um filme documentário de 1950, assinado pelo próprio Thor, e Olle Nordemar e ganhou um Oscar de melhor documentário naquele ano, fato praticamente desconhecido.

Agora está concorrendo ao globo de Ouro (que será no próximo dia 13) e foi indicado oficialmente pela Noruega como seu representante de filme estrangeiro, a versão romanceada da saga de Kon-Tiki que foi a produção mais cara da Noruega, rodada em imagens de cartão postal, nas Maldivas, Bulgária, Malta, Nova York, Oslo, Suécia e Tailândia.
Thor começa visitando os Mares do Sul e ficando fascinado com a natureza tropical. Na verdade, antes disso, tem um prólogo dele menino sendo corajoso e caindo na água de um lado congelado. Depois leva dez anos escrevendo uma tese que é rechaçada por todos acadêmicos. Só resta a ele, junto com mais seis companheiros, todos branquíssimos e loiros ou ruivos, embarcarem nessa história jornada. Feito parte em locação, parte em estúdio com efeitos especiais convincentes, não foge das armadilhas da biografia convencional.


O nome da balsa Kon-Tiki, inspirado em um nome alternativo da deusa inca Viracocha e o filme reproduz em preto e branco cenas recriando as imagens originais do documentário e, ao final, dando informações e cenas autênticas dos envueltos. Foi dirigido por uma dupla Joachim Ronning e Espen Sandberg que fez antes Max Manus, Bandidas, que não conheço.
O papel central de Thor é de Pal Sverre Hagen, que se parece muito com o verdadeiro. Ou seja, é uma raridade, uma aventura real, que tem emoção e surpresas, não sei se digna de prêmios. A parte dramática não é muito desenvolvida, embora tenha uma esposa a espera, mas é uma boa e até educativa diversão.

http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2012/12/26/kon-tiki-o-filme-noruegues-indicado-ao-oscar-e-globo-de-ouro/

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